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17 julho 2014
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O Custeio Baseado nas Atividades (ABC) como uma forma melhor de controlar custos

A maioria das empresas gere os custos analisando a conta de exploração. Conta a conta da classe 6, o gestor procura oportunidades para reduzir os custos. Encontra uma forma de reduzir os gastos com o pessoal ou com deslocações e estadas, o que parece ótimo pois vai aumentar diretamente o lucro da empresa no mês seguinte. Mas este é um tipo de análise que pode levar à destruição de valor…

Uma espiral de destruição de valor

De facto, ao cortar custos sem levar em consideração a cadeia de valor, é possível que o gestor esteja a eliminar indiscriminadamente atividades que continuam a ser necessárias para que a empresa venda ou preste serviços aos seus clientes. É possível que essas atividades deixem de dispor dos meios humanos e materiais para serem devidamente executadas o que levará à insatisfação e perda de clientes.

Agora que a empresa perdeu clientes, verá as vendas diminuírem e as reclamações aumentarem o que levará os acionistas a pressionarem mais o gestor no sentido de aumentar o lucro rapidamente. O gestor voltará a analisar a demonstração dos resultados, conta a conta e a história repete-se. Inicia-se uma espiral de destruição de valor.

ABC: Uma alternativa melhor

Uma alternativa à análise conta a conta é a análise de custos por atividades. O exercício é mais difícil na medida em que obriga a um tipo de organização por processos em vez de departamentos. A contabilidade analítica deverá ser capaz de medir o custo e o proveito de cada uma das principais atividades da cadeia de valor.

Mas o benefício desta metodologia é permitir saber quanto custa servir um cliente, quanto custa cada reclamação, quanto custa uma reunião de vendas ou a contratação (ou despedimento) de um novo colaborador, o processamento de salários e muitas outras atividades que formam o universo da empresa.

Ora, esta informação é um abrir de olhos para o gestor. Ele deixará de pensar em termos de custo para pensar em termos do valor - numa ótica de serviço a clientes internos e externos. Estará agora melhor posicionado para tomar decisões quanto a preços de venda, alocação e quantidade de tarefas a desempenhar por cada colaborador ou equipa de colaboradores.

Em última análise, a metodologia ABC conduzirá a uma gestão baseada nas atividades (ABM – Activity Based Management) e a um planeamento baseado nas atividades (ABB – Activity Based Budgeting).

Não sendo de fácil implementação na maioria das empresas, pois requer uma abordagem organizacional completamente diferente, assim como à sua manutenção futura, o ABC deverá ainda assim ser considerado seriamente num contexto de melhoria contínua dos processos e da performance financeira das empresas.


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