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17 dezembro 2020
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Qual é a maturidade da sua empresa?

Embora as empresas tenham bons líderes e gestores, ainda assim, elas precisam dos dados para validar as suas intuições.

Qualquer modelo de Business Intelligence deve atingir um nível de maturidade apropriado para apoiar os objetivos estratégicos da empresa.

 O BI transforma os dados em informações e, posteriormente, ajuda a obter conhecimento sobre os mesmos. É uma espécie de guia estratégico que nos ajuda a ver padrões ou relações, que facilmente não veríamos.
Além disso, auxilia-nos a tomar decisões mais rápidas do que os nossos concorrentes. Tudo isto, baseado em dados e em conhecimento do negócio.

Desta feita, a procura por informações “acionáveis” tem demostrado ser de alta prioridade por parte das empresas. Isto porque empresas orientadas para os dados tendem a ter um desempenho melhor, pois lidam com os problemas de forma objetiva, baseada em evidências e na governança dos dados. Elas usam técnicas e tecnologias para tratar a variedade, a velocidade e o volume dos dados, de modo a realizar uma integração entre eles e os sistemas operacionais.

Para isso, é preciso colocar os dados em ordem e não somente tê-los ou capturá-los. De nada nos adianta ter uma infinidade deles, se eles não são tratados e utilizados. Isto acaba por gerar um “dilúvio de informação”, pois as empresas ficam sobrecarregadas com um excesso de dados, mas com poucas informações relevantes.

Outro fator que é importante a ser levado a sério, é a governança e consistência dos dados, pois os dados têm de ser confiáveis e de qualidade, caso contrário, se eles forem duvidosos, os resultados também são duvidosos. É o que em Ciência de Dados chamamos de GIGO (Garbage in, garbage on), ou seja, se entra lixo, saí lixo das suas análises.

Com isto, organizar e entender os dados através de integração, limpeza, transformação e criação de um perfil dos dados, ajuda a alavancá-los e a agir de modo otimizado.

Depois de conectar a base de dados num sistema operacional e colocar os dados em ordem, ou seja, depois de estruturá-los, é possível realizar uma série de coisas, como por exemplo, partilhar as informações com outros setores da empresa, a visualização dos dados de forma interativa e dinâmica, consultas ad hoc, painéis, processamento analítico online (OLAP), relatórios, dashboards, entre muitas outras opções que incluem uma série de tecnologias diferentes.

Criar uma organização orientada para os dados (Data Driven) começamos por dar atenção à aquisição (como e onde recolher os dados), ao processamento dos dados (extração, limpeza, carregamento) e ao armazenamento (preferencialmente em nuvem).

Alguns exemplos de empresas de sucesso que implementaram Data Driven no seu ADN: Facebook, Google, Walmart (pioneira, desde 1970, a criar Data Warehouse e, posteriormente, a usar scanners de código de barras nas caixas registadoras), FedEx, Amazon, LinkedIn e General Eletric.

Todas elas têm em comum a consciência da necessidade de adquirir, processar e aproveitar os dados em tempo útil para traçar estratégias eficientes - seja para o desenvolvimento de novos produtos, seja para aprimoramento de estratégias e marketing e vendas, seja para o rastreamento de interações ou mesmo para fazer análise da concorrência.

Empresas com a cultura orientada para os dados usam as informações para construir ações, produtos ou novas condutas que influenciam as necessidades dos clientes (ou de potenciais clientes). Além disso, entendem a importância de manter sempre as bases de dados limpas, organizadas (formatadas de forma consistente) e bem documentadas.

William Edwards Deming (notável estatístico, professor, consultor e conferencista norte americano, reconhecido pelas suas contribuições nos processos produtivos no fabrico de carros e controlo de qualidade) disse: “What cannot be measured cannot be managed”, ou seja, tudo aquilo que não é medido, não pode ser gerido ou controlado.

Quanto mais as empresas conseguirem implementar uma maturidade de BI nos seus processos, maiores são as hipóteses de elas ganharem em produtividade, informações confiáveis e seguras, otimização dos processos, redução dos riscos, previsão de tendências e melhorias no planeamento das estratégias.

A Gartner, por exemplo, possui um modelo próprio para a medição da maturidade da sua organização em BI, que permite aos líderes de BI uma maneira de identificar o nível de maturidade de determinada iniciativa de gestãode BI, bem como o desempenho que deve ser atingido para uma evolução, visando apoiar as metas da empresa.

Maturidade das empresa

Esse modelo de maturidade da Gartner visa apoiar os objetivos estratégicos da empresa, coordenar onde ela precisa ir, e quais os passos que os colaboradores devem tomar. Além disso, deixa claro que um programa de BI não inclui apenas tecnologia, mas também pessoas, processos, habilidades e métricas.

Maturidade das empresa2

Muitas empresas já compreenderam a necessidade de implementar uma cultura orientada para os dados, no entanto, muitas outras ainda não se deram conta da possibilidade de autonomia e automação que isso pode gerar.

A boa notícia é o que o Power BI está na vanguarda desta mudança. Ele permite às organizações analisarem e monitorizarem as suas métricas, a fim de conhecer a saúde das empresas em tempo real, mas não só.

O Power BI possibilita uma maior autonomia aos colaboradores de diferentes departamentos dentro de uma empresa e, como resultado, descentraliza algumas exigências do setor de TI. Mas é preciso capacitar os colaboradores para que os mesmos tenham acesso às informações, por forma a que todos consigam ajudar a gerar insights baseados nos dados e na experiência de negócio e contribuir para novas ideias. Consequentemente, aumentam as formas de obter informações valiosas que auxiliem a tomada de decisões mais assertivas.

Posto isto, faço as seguintes perguntas: onde se encontra a sua empresa? Ela já está orientada para os dados?

Coloque os seus dados em uso, entenda as nuances do seu negócio e seus clientes.

Pense sobre isso. E até o próximo artigo.


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