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29 September 2020
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Os 3 Erros mais comuns na criação de gráficos

Quando ouvimos uma história, partes do nosso cérebro são ativadas, de modo que conseguimos encaixá-la dentro das nossas próprias ideias e experiências de vida. É por isso que o uso do storytelling visual tende a fortalecer os efeitos de uma boa narrativa, uma vez que o cérebro humano processa imagens 60 vezes mais rápido que os textos.

 O nosso cérebro percebe ou cria padrões e desenvolve conclusões das coisas que os nossos olhos veem. E de imediato, ele tende a processar padrões simples (regulares, pares, ordenados) mais rapidamente do que padrões complexos.

Por isso, quando usados corretamente, os gráficos podem:

  1. Tornar as informações mais atrativas e memoráveis;
  2. Melhorar a compreensão de conceitos abstratos e complexos;
  3. Fortalecer a persuasão do que se alega.

Os gráficos podem ser usados para informar, comparar, organizar, estabelecer associações, relacionamentos, mostrar mudanças, tendências e sazonalidades, entre outros. Para isso, precisamos escolher os melhores tipos de gráficos para cada tipo de variável e objetivo.

E por falar em variável, podemos defini-la como sendo a característica de interesse que é medida em cada elemento da amostra ou população. Como o nome sugere, os seus valores variam de elemento para elemento. As variáveis podem ter valores numéricos ou não numéricos.

Basicamente, existem dois tipos de variáveis: as quantitativas (que podem ser contínuas ou discretas) e as qualitativas/categóricas, que podem ser nominais ou ordinais.

E observação é uma ocorrência de um item de dados específico que é gravada sobre uma unidade de dados.

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As variáveis quantitativas são representadas por valores numéricos que podem ser contados ou medidos. Se contínuas, possuem uma unidade de medida atrelada e normalmente possuem casas decimais, como por exemplo, a altura (1,90m), o peso (104,75kg) e faturação (100.000,00€). Ao passo que nas discretas os valores são inteiros, como por exemplo, quantidade de produtos vendidos hoje ou número de colaboradores ativos na empresa.

Já as variáveis qualitativas lidam com categorias de respostas, utilizam termos descritivos para descrever algo de interesse. Elas podem ser nominais (profissão, género, status de relacionamento, tipo sanguíneo, status da venda, etc) ou ordinais, como classe social, faixa etária ou escolaridade (note que existe uma hierarquia na resposta).

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No artigo de hoje vamos falar sobre os 3 erros mais comuns na criação de elementos gráficos para o seu relatório do Power BI e daremos alternativas para corrigir tais equívocos.

1º Erro: Uso equivocado do gráfico de pizza

O gráfico de pizza não é recomendado para variáveis que possuem mais de 5 categorias.

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Quanto mais categorias o seu gráfico de pizza tiver, mais dificuldade para lê-lo e interpretá-lo o utilizador terá.

Desta forma, se a sua variável é qualitativa com muitas categorias, opte pelo gráfico de barras, por exemplo, e ordene de forma ascendente ou descendente, de modo a criar um ranqueamento.

Além disso, vale ressaltar a recomendação da não utilização de gráficos de pizza em 3D, tendo em vista que esse pode causar uma perceção errada sobre proporções.

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Além disso, não utilize gráficos de pizza para comparar diferentes cenários.

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2º Erro: Uso equivocado do gráfico de barras

O gráfico de barras é recomendado para variáveis categóricas. É preciso estar atento ao início dos eixos, caso contrário, poderá dar uma ideia errada das medidas.

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Quando temos muitos elementos para exibir numa coluna, o gráfico de barras pode ser mais fácil de compreender.

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3º Erro: Gráfico de Área vs Gráfico de Linha

É preciso ter moderação na escolha de gráficos de área, preferencialmente que tenha menos de 5 séries.

Além disso, se tiverem muitas cores, estas podem distrair os utilizadores. Normalmente, os gráficos de linhas são a melhor opção.

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Recomendações para Visualização de Dados

  1. A estética é muito mais importante do que se imagina!
  2. Primeiro passo: Identifique o seu público-alvo;
  3. Escolha uma paleta de cores adequada e use-a como padrão em todos os visuais;
  4. Escolha um background adequado e mantenha a consistência;
  5. Escolha o tipo de fonte adequado e tenha sempre atenção aos erros ortográficos;
  6. Escolha os tipos de visuais adequados para cada objetivo;
  7. Enfatize o que é importante e mantenha apenas o que é necessário;
  8. Mantenha os visuais sempre alinhados e no tamanho adequado.

As dicas que aqui deixo, esta semana, irão ajudar todos os utilizadores do Power BI a tirarem um melhor partido da ferramenta, fazendo com que as visualizações geradas sejam mais compreensíveis por todos.

Até à próxima!


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